Edição 27: serendipidade ou plano de leituras?
largar o planejamento de leituras não funcionou para mim
No mês passado, um dos meus gatos teve um problema grave de saúde. A apreensão foi minha companhia por semanas e, além de tomar o meu foco, me lançou em um desapego do planejar. Atordoada pela imprevisibilidade da vida, segui o mantra “de que adianta?”, larguei qualquer plano e permiti que vontades mais imediatas ditassem as leituras. O resultado? Passei um mês sem concluir livros — e isso não significa que não li durante o período.
Entre 9 de maio e 9 de junho, eu li em quase todos os dias, passando por ensaios, contos e capítulos. Mesmo assim, alternei entre livros sem realmente progredir. Não me frustro por não ter lido quando estava triste ou com medo, mas pelo mês de leituras quebradas. Por ter investido tempo e energia em ler mais livros do que eu conseguiria e que se tornaram fonte extra e desnecessária de ansiedade.